Petrobrás muda política que gera corte de lucro dos acionistas
Com a criação da nova política de remuneração, a estatal também prevê recompra de ações

Ferreira Gabriel
Publicado em: 30/07/2023 às 13:40 | Atualizado em: 30/07/2023 às 13:40
A Petrobras anunciou na noite de sexta-feira (28) a mudança na política de dividendos da companhia, propagada há meses pelo governo Lula e pela diretoria da empresa como uma iniciativa necessária para o aumento dos investimentos da estatal.
Pela nova regra, o percentual a ser distribuído aos acionistas será menor do que é estabelecido atualmente, disse.
Existe a expectativa de que a nova regra já seja aplicada para a distribuição de dividendos relativa ao segundo trimestre de 2023. A Petrobras divulga os números do balanço trimestral na quinta-feira (3) depois do fechamento do mercado.
A estatal também passa a incluir na política de remuneração a possibilidade de lançar um programa de recompra de ações, operação que tira papéis de circulação a fim de aumentar a cotação e a liquidez dos ativos. No entanto, nenhuma operação de recompra ainda foi aprovada na reunião desta sexta-feira (28).
Recompra de ações
“A recompra, quando ocorrer, deverá ser realizada por meio de programa estruturado aprovado pelo conselho de administração”, disse a companhia.
Além disso, as recompras terão sempre como objetivo manutenção das ações adquiriras em tesouraria e posterior cancelamento, salientou a Petrobras.
Um primeiro programa de recompra foi anunciado pela Petrobras em 2006, mas nunca foi executado.
Em fato relevante divulgado ao mercado na noite de sexta-feira, a Petrobras afirmou: “Eventuais valores alocados a programas de recompra de ações serão abatidos da fórmula da Política de Remuneração, com o desconto dos montantes gastos com recompra a cada trimestre, conforme reportado na demonstração dos fluxos de caixa do consolidado da Companhia.
A nova fórmula de remuneração indica, portanto, o total que será distribuído aos acionistas entre dividendos e recompras.
Leia mais na matéria de Fábio Couto e Francisco Góes no Valor Econômico
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Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobrás