Lula mantém economia como prioridade no Congresso

Para o segundo semestre, a atenção especial será destinada a projetos que buscam elevar a arrecadação federal

Lira prepara contra-ataque ao PT por fim do orçamento secreto

Ferreira Gabriel

Publicado em: 30/07/2023 às 13:10 | Atualizado em: 30/07/2023 às 13:10

O governo do presidente Lula da Silva (PT) manterá a economia no topo de suas prioridades no Congresso Nacional no segundo semestre.

Atenção especial será destinada a projetos que buscam elevar a arrecadação federal e contribuir para o plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad de zerar o déficit e reequilibrar as contas públicas.

Senadores e deputados voltam aos trabalhos nesta terça-feira (1) ainda tendo sobre a mesa a conclusão da análise das três prioridades da área no primeiro semestre: os projetos do novo arcabouço fiscal, o que devolve ao Executivo o voto de minerva na análise de conflitos tributários e a PEC (propostas de emenda à Constituição) da Reforma Tributária.

O governo também deve enviar um novo bloco de medidas consideradas necessárias para fechar o Orçamento de 2024, mas que podem enfrentar resistências entre parlamentares.

A retomada da discussão da pauta econômica ocorre em meio às tratativas entre Lula e o centrão para selar o embarque no governo do PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Republicanos, com a ocupação de ministérios por representantes dessas siglas na Esplanada.

Embora Haddad mantenha boa interlocução com Lira, membros do governo reconhecem que a agenda tem sido usada para ampliar o poder de barganha do bloco nessas negociações. Em julho, o presidente da Câmara inverteu a pauta para dar preferência à Reforma Tributária, apesar de a prioridade do governo ser o novo arcabouço fiscal —que acabou ficando para agosto.

Agora, o foco número um da equipe econômica é garantir a conclusão da votação dessa nova regra para as contas públicas, que será mais flexível do que o atual teto de gastos. É ela que balizará o Orçamento de 2024, a ser enviado até 31 de agosto.

O arcabouço já foi aprovado na Câmara e no Senado, onde sofreu alterações. Por isso, precisa passar novamente pelos deputados.

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