Disputa pelo Planalto embaralha ainda mais o jogo na planície

Publicado em: 04/12/2017 às 10:01 | Atualizado em: 04/12/2017 às 11:14

A pré-disputa pela Presidência da República impõe variável incomum às lideranças políticas do Amazonas, que sempre se ancoraram em uma única aliança pelo Planalto, reproduzindo na planície a coligação nacional.

Neste momento das articulações para a sucessão de Michel Temer (PMDB), porém, os principais partidos que apoiaram a volta de Amazonino Mendes (PDT) ao poder ensaiam sair com candidaturas próprias ante a impopularidade do peemedebista.

O PSDB de Arthur Neto, por exemplo, terá candidatura própria, inclusive ele próprio como cabeça de chapa.

O PSD do senador Omar Aziz tem um pré-candidato presidencial, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que estava reticente de entrar no jogo, mas hoje, em entrevista à Folha de S.Paulo, admitiu a possibilidade, adiando a decisão para março, mas dando sinais de que quer distância do PSDB ao criticar Geraldo Alckmin, o governador de São Paulo e provável candidato dos tucanos.

O DEM de Pauderney Avelino vai lançar ao Planalto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). Detalhe é que a candidatura conta com o apoio do Solidariedade do vice-governador Bosco Saraiva e do PP de Rebecca Garcia, que, no Amazonas, aproxima-se da esquerda.

O PDT de Amazonino tem candidatura própria à Presidência, a do ex-ministro Ciro Gomes, que se coloca como uma força de esquerda e acena com possibilidade de estar junto com o PT e o PCdoB em um eventual segundo turno entre direita e esquerda, em 2018.

No Amazonas, porém, nenhum líder político de direita declara paixão por um candidato. Apenas observa o embaralhamento das peças do jogo.

 

Foto: Reprodução/internet