Exército tem prazo para explicar Cid fardado na CPI dos golpistas

O Ministério Público Militar (MPM) solicita explicações ao Comando do Exército Brasileiro sobre a orientação para que o tenente-coronel Mauro Cid comparecesse fardado à CPMI do 8 de janeiro no Congresso Nacional.

Diamantino Junior

Publicado em: 27/07/2023 às 18:38 | Atualizado em: 27/07/2023 às 18:38

O Ministério Público Militar (MPM) solicitou ao Comando do Exército Brasileiro explicações sobre a suposta orientação dada ao tenente-coronel Mauro Cid para comparecer fardado à audiência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro no Congresso Nacional.

A deputada Luciene Cavalcante (PSol-SP) enviou uma representação, e o procurador-geral Clauro Roberto de Bortolli considerou que a presença de Cid fardado, em uma oitiva que investiga envolvimento em crimes, pode associar a imagem das Forças Armadas a atos ilícitos.

O tenente-coronel Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e está sob investigação por suposto envolvimento em um plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República, além de fraudar cartões de vacina.

O procurador destacou que o uso da farda simboliza a autoridade militar, e seu uso durante o depoimento pode afetar a imagem da instituição, já que as condutas investigadas não envolvem o Exército.

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Na última audiência da CPMI do 8 de janeiro antes do recesso parlamentar, em 11 de julho, o tenente-coronel Mauro Cid compareceu fardado ao Congresso, mas optou por permanecer em silêncio.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o comparecimento obrigatório de Cid à CPMI, garantindo-lhe o direito de não responder perguntas que pudessem incriminá-lo.

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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado