Brasil tem gás de sobra, mas infraestrutura é ruim

Segundo o estudo, 63% da produção bruta de gás natural não chega ao mercado em razão da queima, reinjeção e consumo nas plataformas

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 24/07/2023 às 17:50 | Atualizado em: 24/07/2023 às 17:50

O Brasil tem reservas de gás natural suficientes para suprir as necessidades da indústria nacional química e de fertilizantes, segundo estudo feito pelo Iepuc (Instituto de Energia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro).

A divulgação foi feita hoje (24) pela CCGMNP (Coalizão pela Competitividade do Gás Natural Matéria-Prima).

Entretanto, o relatório afirma que para alcançar essa soberania o país ainda precisa realizar investimentos robustos na infraestrutura de transporte e distribuição do gás e também no aprimoramento dos processos de refino nas UPGNs (Unidades de Processamento de Gás Natural).

Segundo o estudo, 63% da produção bruta de gás natural não chega ao mercado em razão da queima, reinjeção e consumo nas plataformas.

Além de ser uma escolha estratégica para aumentar a extração de petróleo, a prática é uma saída para a falta de gasodutos de escoamento e a incapacidade de algumas plataformas efetuarem um tratamento de separação das moléculas de CO2 do gás natural.

Hoje, quase metade do gás do pré-sal é reinjetado porque não há gasoduto de escoamento que possa levá-lo à costa brasileira. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), em 2022 foram cerca de 25 bilhões de m³ (metros cúbicos) reinjetados.

Em sua pesquisa, o Iepuc avaliou a oferta de gás em terra e no mar do Brasil que será disponibilizada para o sistema integrado de transporte de gás até 2032.

Leia mais na matéria de Eric Napoli no Portal Poder360

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Foto: Divulgação