Reunião do golpe de Bolsonaro: Silveira chama Do Val de ‘palhaço’

A defesa do senador refutou as acusações, e o caso permanece em destaque na política.

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Diamantino Junior

Publicado em: 24/07/2023 às 13:02 | Atualizado em: 24/07/2023 às 13:02

Na prisão, o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) surpreendeu ao se manifestar publicamente através de uma carta endereçada à sua esposa, a advogada Paola da Silva Daniel. O documento foi divulgado pelo defensor de Silveira, Paulo Faria, e trouxe fortes críticas ao senador Marcos do Val (Podemos-ES) em relação ao seu depoimento à Polícia Federal (PF) sobre uma suposta reunião golpista com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 8 de dezembro de 2022, no Palácio do Alvorada.

De acordo com Do Val, a reunião teria tido como pauta discutir a possibilidade de gravar o ministro Alexandre de Moraes com a finalidade de invalidar as eleições.

O senador também afirmou que Silveira o procurou insistentemente para marcar o encontro, e que o convite partiu diretamente de Bolsonaro.

Essa versão, no entanto, difere da apresentada pelo ex-presidente à Polícia Federal, que negou qualquer plano de gravação de Moraes e alegou não ter tido contato prévio com Do Val.

Na carta, Daniel Silveira chamou o senador de “palhaço” e refutou veementemente a história relatada por ele. O ex-deputado negou que a reunião tenha tratado de qualquer plano de gravação e questionou a credibilidade de Do Val, afirmando que nem ele nem Bolsonaro jamais haviam visto o senador antes. Para Silveira, a narrativa de Do Val se tornou cada vez mais ridícula e fantasiosa.

Silveira ainda descreveu a reunião como uma mera formalidade, onde o senador teria elogiado Bolsonaro, mas sem mencionar o nome de Alexandre de Moraes.

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A defesa de Marcos do Val respondeu às acusações de Silveira, afirmando que as declarações do ex-deputado não possuem qualquer respaldo nos elementos colhidos pela Polícia Federal durante a investigação.

Cabe lembrar que Daniel Silveira foi preso em fevereiro de 2021, após perder o foro privilegiado, e teve sua prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por incitar agressões a ministros e defender, em vídeos, o fechamento da Corte.

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Foto: divulgação