Conheça detalhes que ex-PM delatou do dia da execução de Marielle
Élcio de Queiroz firma delação premiada sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, revelando detalhes e apontando outros envolvidos.

Diamantino Junior
Publicado em: 24/07/2023 às 12:31 | Atualizado em: 24/07/2023 às 12:31
Élcio de Queiroz, ex-policial militar preso desde 2019 pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, firmou uma delação premiada com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Nessa delação, Élcio revelou detalhes sobre o atentado e apontou outro envolvido, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como “Suel”.
No depoimento, Élcio descreveu que, no Ano Novo de 2017, Ronnie Lessa, outro acusado do crime, contou-lhe sobre o plano de assassinar uma mulher que estavam monitorando há meses, sem revelar a identidade. Segundo Élcio, eles já teriam tentado matá-la em 2017, mas o plano foi frustrado por um problema no carro conduzido por Maxwell, o que Ronnie acreditava ser uma desistência do mesmo.
No dia do assassinato, eles seguiram Marielle até o evento “Mulheres negras movendo estruturas”, na Lapa, onde atacaram o carro em que a vereadora estava com Anderson Gomes. Ronnie fez os disparos, e após o crime, eles fugiram para a casa da mãe de Ronnie Lessa, no Méier, e, posteriormente, foram para a Barra da Tijuca.
No dia seguinte, eles se encontraram com Maxwell no bairro do Méier para se livrar do veículo usado no crime. O carro foi adulterado com outra placa e depois entregue a uma quarta pessoa conhecida como “Orelha”, que o descartou em Rocha Miranda.
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A delação de Élcio pode fornecer mais subsídios para o julgamento dos acusados e avançar nas investigações sobre o crime que chocou o país e mobilizou movimentos de defesa dos direitos humanos. A data do julgamento ainda não foi definida.
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Foto: Mario Vasconcellos/Câmara Municipal do Rio de Janeiro