Dois motivos para rejeição dos militares a Michelle presidente do Brasil
A falta de experiência política e a necessidade de restaurar a imagem militar são alguns dos motivos que levam os militares a não apoiarem sua candidatura.

Diamantino Junior
Publicado em: 18/07/2023 às 13:46 | Atualizado em: 18/07/2023 às 13:50
Michelle Bolsonaro, atual presidenta do PL Mulher, está enfrentando resistência por parte das Forças Armadas em relação a uma possível candidatura à Presidência em 2026. Embora tenha se engajado intensamente entre o público feminino da extrema-direita para buscar apoio e ocupar o espaço deixado pelo marido, Jair Bolsonaro, que está inelegível, Michelle não é bem aceita no principal nicho de apoio do ex-presidente: os militares.
Segundo informações divulgadas no jornal O Globo, as Forças Armadas, predominantemente compostas por homens brancos e provenientes de uma linhagem militar, sinalizaram sua reprovação em relação a uma possível candidatura de Michelle.
Assim como a elite financeira representada pela “Faria Lima”, composta por homens brancos e ricos, os militares associam Michelle a pautas de costumes e religião, mas não a veem como uma opção viável por dois motivos principais.
O primeiro motivo é a falta de experiência política da ex-primeira-dama, que nunca ocupou um cargo relevante dentro da estrutura política. O segundo motivo está relacionado à tentativa dos militares de recuperar sua credibilidade perante a população, buscando se afastar da política após terem se envolvido com o bolsonarismo.
Generais que ocupam cargos de destaque nas Forças Armadas reconhecem que a aproximação com o bolsonarismo acarretou sérios problemas para a imagem das instituições militares, principalmente no Exército. Agora, o objetivo seria afastar os militares da ativa da política, buscando restaurar a credibilidade perdida.
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A resistência dos militares à possível candidatura de Michelle Bolsonaro revela os desafios que ela enfrentará para conquistar apoio dentro desse importante setor de sustentação do governo.
A falta de experiência política e a necessidade de restaurar a imagem das Forças Armadas são fatores que podem dificultar seu caminho rumo à Presidência em 2026.
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Foto: Alan Santos/PR