Zanin já tem maioria de votos no Senado para virar ministro do STF

O indicado do presidente Lula da Silva deve contar com votos favoráveis até de bolsonaristas

Lula deve fazer seu advogado na Lava Jato futuro ministro do STF

Ferreira Gabriel

Publicado em: 16/06/2023 às 07:02 | Atualizado em: 16/06/2023 às 07:02

Indicado para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin já tem votos para ser aprovado pelo plenário do Senado.

Conforme O Globo, 41 senadores disseram ser a favor da indicação, o suficiente para a aprovação da mensagem do presidente Lula da Silva pela Casa.

Zanin será sabatinado pelos senadores na próxima quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A votação no plenário deve ocorrer no mesmo dia, de acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A votação é secreta, e Zanin precisa conquistar a maioria absoluta do plenário — ou seja, no mínimo 41 votos, igual a metade do total dos senadores em exercício— para ser aprovado.

No levantamento feito pelo Globo, 31 senadores não responderam ou não quiseram declarar seu voto. Apenas oito se disseram contrários.

No dia, haverá ao menos uma abstenção, a do senador Marcos Pontes (PL-SP), que estará de licença médica para uma cirurgia agendada. Ele está entre os indecisos.

A maioria a favor do escolhido de Lula foi construída com o apoio unânime da bancada do PT (8 votos) e patamares elevados em bancadas com as quais ele se reuniu, como MDB — nove apoios, apenas Fernando Dueire (PE) não se manifestou — e PSD, com 11 votos.

Na oposição, os senadores Carlos Portinho (PL-RJ)m Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Plínio Valério (PSDB-AM) e dois integrantes do PP, incluindo o ex-ministro Ciro Nogueira (PI), declararam voto em Zanin. PSB (3), PDT (2), União Brasil (2) e Rede (1) também contribuíram.

Ao longo da semana, Zanin se reuniu com cerca de 70 senadores em visitas a gabinetes, almoços e jantares. Nesse périplo, ele conseguiu avançar no apoio para sua aprovação com evangélicos e oposição, incluindo um aval do ex-presidente Jair Bolsonaro para seu partido liberar a bancada.

Ele também conquistou o apoio unânime das bancadas de PSD e MDB.

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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil