PL de Bolsonaro pede e Lira abre processo que pode cassar 6 deputadas
Conselho de Ética instaurou processo contra parlamentares de esquerda que insultaram colegas por marco temporal

Mariane Veiga
Publicado em: 14/06/2023 às 19:33 | Atualizado em: 14/06/2023 às 19:35
O Conselho de Ética da Câmara instaurou processo, nesta quarta-feira (14), contra seis deputadas de esquerda que insultaram parlamentares que votaram a favor de projeto estabelecendo um marco temporal para demarcação de reservas indígenas.
As representações contra as deputadas foram apresentadas pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Dois dos processos correm o risco de serem relatados por apoiadores do ex-presidente: o caso de Talíria Petrone (PSOL-RJ) poderá ficar sob a responsabilidade do Delegado Fábio Costa (PP-AL) e o de Erika Kokay (PT-DF) com Ricardo Ayres (Republicanos-TO).
Além delas, foram alvos de representação Célia Xakriabá (PSOL-MG), Samia Bomfim (PSOL-SP), Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Juliana Cardoso (PT-SP).
Em publicações nas redes, as congressistas chamaram de “genocida” o projeto que autoriza demarcação de terras apenas nas áreas ocupadas por indígenas até a promulgação da Constituição em 1988.
Segundo texto formulado pelo PL, as deputadas de esquerda acusaram os colegas que votaram a favor do projeto como tendo patrocinado o “extermínio” das comunidades indígenas.
O PL sustenta ainda que as declarações tiveram “intuito de desonrar e macular esta instituição”.
O documento, assinado pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, diz que as ditas transgressões “ultrapassam a imunidade parlamentar e possuem viés criminoso” por criar “uma narrativa ardilosa” e corroborar “fake news”.
Já as deputadas acusam o PL de patrocinar uma perseguição machista.
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Foto: rep/Mariane Andrade/PSOL