MP-AM reafirma posição contrária a presídio federal em Iranduba

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 24/11/2017 às 11:40 | Atualizado em: 24/11/2017 às 11:40

O procurador-geral de Justiça, Fábio Monteiro, reafirmou na audiência pública da Assembleia Legislativa (ALE-AM) na manhã desta sexta, dia 24, a posição contrária do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) à construção de presídio federal no município do Iranduba, na região metropolitana de Manaus, a 30 quilômetros da capital.

Monteiro vê riscos à segurança da população com essa obra. E não foi essa a primeira vez que firmou parecer contrário à intenção do governo federal de instalar a prisão em Iranduba. Ele é contra a construção em qualquer dos 62 municípios do estado.

Entende o procurador-geral do MP-AM que a proximidade com as fronteiras e o isolamento dos municípios pode atrair pessoas ligadas aos presos para a região e contribuir para o aumento da criminalidade no Amazonas.

“Um presídio aqui só vai beneficiar o crime organizado. O governo federal acena com investimentos e geração de empregos, mas isso é muito pequeno comparado ao custo social. Um presídio atrai para a comunidade pessoas ligadas ao crime organizado”, afirmou Monteiro.

A audiência foi a pedido do deputado Josué Neto (PSD) para discutir a questão com Polícia Federal, Defensoria Pública, Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Administração Penitenciária, Prefeitura de Iranduba e outros órgãos.

Josué Neto quer ampliar o debate depois que foi alertado pelo MP-AM dos riscos da construção de uma unidade federal de segurança máxima em uma área tão próxima à fronteira.

“Queremos aqui na assembleia esclarecer e debater se essa estrutura representa algum risco social para a nossa população. Porque fomos alertados que sim”, afirmou o parlamentar.

 

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Foto: BNC