Ajudante de Bolsonaro reafirma: ele pediu ‘lavagem’ das joias de Michelle
Cid relatou ter contatado o secretário especial da Receita, que confirmou a existência do pacote e orientou sobre os procedimentos para solicitar sua retirada. Teria sido a primeira vez que a ajudância de ordens acionou a Receita Federal para incorporação de bens ao ex-presidente.

Diamantino Junior
Publicado em: 01/06/2023 às 16:36 | Atualizado em: 01/06/2023 às 16:36
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, compareceu nesta quinta-feira (1º/6) para prestar depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU) a respeito do caso das joias sauditas. Ele foi ouvido na condição de testemunha, não como investigado, e reiterou o que já havia dito em seu depoimento à Polícia Federal (PF). A informação é do jornalista Cesar Tralli, TV Globo, publicada no portal g1.
Conforme relatado por Cid, Bolsonaro informou a ele, em meados de dezembro de 2022, sobre a existência de um presente retido pela Receita Federal e solicitou que verificasse a possibilidade de regularizar os itens.
Cid afirmou que não houve uma ordem para recuperar o presente por parte do ex-presidente, mas sim um pedido.
O ex-ajudante de ordens mencionou que entrou em contato com Júlio César Vieira Gomes, então secretário especial da Receita, logo em seguida.
Gomes confirmou que havia um pacote retido e que já havia sido solicitada a liberação dos itens em nome do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, desde novembro de 2021.
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Cid afirmou que Júlio César o orientou sobre os procedimentos para elaborar o documento de solicitação de retirada do presente junto à Receita Federal. A maior parte das comunicações ocorreu por meio do aplicativo WhatsApp, de acordo com o ex-ajudante de ordens.
Segundo Cid, essa foi a primeira vez que a ajudância de ordens acionou a Receita Federal para solicitar a incorporação de bens ao ex-presidente.
Foto: divulgação