Governo do Amazonas diz que só negocia com professores em sala de aula

Por intermédio do sindicato, professores reivindicam 25% de reajuste

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 23/05/2023 às 18:35 | Atualizado em: 24/05/2023 às 17:00

O Governo do Amazonas divulgou nota oficial na tarde desta terça, dia 23, para afirmar que só volta a negociar reajuste salarial após a volta dos professores à sala de aula. Conforme esse comunicado, sindicato da categoria se negou a encerrar a greve que começou no último dia 17.

Para o governo, a categoria rejeitou proposta de 8% de reajuste e outras propostas, como, por exemplo, o não desconto na folha dos dias parados.

Por intermédio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), os professores reivindicam 25% de reajuste. Em assembleia nesta segunda, a categoria decidiu manter a greve e não aceitar a proposta do governo.

Diante do impasse, 70% das escolas estaduais em Manaus estavam sem aula neste dia 23, conforme o Sinteam.

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O que diz o governo

“Sobre a negativa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), em encerrar a greve iniciada no dia 16/05, ação considerada ilegal pela Justiça do Amazonas, com multa diária no valor de R$ 30 mil, e que tem prejudicado milhares de estudantes, o Estado informa que só retomará a roda de negociação com os representantes da categoria quando os professores retornarem às salas de aula.

Lembrando que, no último dia 18/05, em reunião entre o Governo do Amazonas, sindicato da categoria e membros da Assembleia Legislativa, o Estado sinalizou o reajuste imediato de 8% da data base, retirada das faltas dos trabalhadores da educação pelos dias de greve, estudo para pagamento de progressões por titularidade e tempo de serviço e negociação referente ao fim da Ação Pública, junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas, que proibiu o movimento grevista, com a contrapartida de que as aulas fossem retomadas imediatamente.

O Governo do Estado reforça que enquanto a paralisação ilegal continuar, os profissionais envolvidos no movimento terão os dias não trabalhados descontados, conforme assegura a legislação trabalhista e a Justiça amazonense”.

Foto: Ronaldo Siqueira/especial para o BNC Amazonas