Entidade repudia apoio da Ufam a mineração em terra indígena

Conforme a FAMDDI, a atitude da direção da UFAM fere princípios históricos da instituição universidade e da sua própria missão institucional.

GT da Funai enterra ainda mais o potássio de Autazes 

Publicado em: 21/05/2023 às 13:42 | Atualizado em: 22/05/2023 às 10:32

A Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (FAMDDI) manifestou na sexta-feira (19) repúdio ao apoio da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) à mineração em territórios indígenas.

Segundo o site Vocativo, a universidade vem demonstrando apoio público ao projeto de exploração de potássio no interior do estado pela empresa Potássio do Brasil.

Conforme a FAMDDI, a atitude da direção da UFAM fere princípios históricos da instituição universidade e da sua própria missão institucional.

Em documento, a entidade afirmou:

A UFAM está instalada em um Estado que concentra a maior presença de povos e línguas indígenas, o que se constitui em riqueza sociocultural que deve ter por parte da universidade atenção especial na produção das atividades de ensino, da pesquisa e da extensão.

Sobretudo, o posicionamento da Ufam está claramente expresso na assinatura do Protocolo de Intenções entre UFAM e a empresa de mineração Potássio do Brasil, no dia 23/03/23.

De acordo com a publicação no DOU em 27/03/23 e publicizado no mesmo dia no Portal da UFAM.

Por outro lado, a Potássio do Brasil vem sendo denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF-AM) por coação e ameaças a lideranças Mura para a exploração do minério próximo às cidades de Nova Olinda e Autazes, incluindo a Terra Indígena Soares/ Urucurituba.

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Foto: J.Rosha/Cimi Norte I