Bancada do Amazonas indica votação em peso a favor do arcabouço fiscal

A proposta apresentada pelo governo de Lula (PT), que substitui o teto de gastos, pretende buscar o equilíbrio das contas públicas

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 18/05/2023 às 17:52 | Atualizado em: 22/05/2023 às 10:31

Dos oito deputados federais da bancada do Amazonas na Câmara dos Deputados, sete votaram nesta quarta-feira (17) a favor da urgência para que a proposta contendo as novas regras fiscais, o chamado arcabouço fiscal, seja votada na próxima quarta-feira (24) no plenário da Casa.

A proposta apresentada pelo governo de Lula da Silva (PT), que substitui o teto de gastos, pretende buscar o equilíbrio das contas públicas para promover o desenvolvimento com investimentos em programas sociais.

A nova regra fiscal vai limitar o crescimento das despesas a 70% da alta na receita. A expectativa é zerar déficit já no próximo ano e deixar as contas no azul a partir de 2025.

Só não registrou o voto no painel o deputado Silas Câmara (Republicanos). Votaram sim: Amom Mandel (Cidadania), Adail Filho (Republicanos), Átila Lins (PSD), Capitão Alberto Neto (PL), Fausto Santos Jr. (União), Saullo Vianna (União) e Sidney Leite (PSD).

A aprovação da urgência é uma indicação de que eles podem votar a favor da proposta. A urgência venceu pelo placar de 367 votos a favor e 102 contrários.

Oposição ao governo Lula, Capitão Alberto Neto, por exemplo, esteve entre os 29 deputados do PL que não seguiram a orientação do partido para votar contra a urgência.

“O país precisa de uma âncora fiscal que substitua o teto de gastos. O projeto foi amplamente debatido com as forças políticas e a área econômica. E não tenho dúvidas de que esse projeto será aprovado”, disse Átila Lins ao BNC Amazonas.

O decano da bancada defendeu que o país tenha um “instrumento de responsabilidade fiscal, adequando às necessidades aos recursos disponíveis, assegurando prioridades aos setores mais necessitados”.

O deputado Adail Filho disse que o Brasil “precisa de uma reforma econômica e esse processo necessita ser agilizado”.

“A sociedade brasileira clama por isso. E se temos que votar, que seja o quanto antes”, defendeu.

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