Banco diz a deputado do AM que críticas à ZFM foi mal-entendido
Depois das críticas de parlamentares e da Suframa, contra o relatório, economista da entidade ligou da Coreia para se justificar

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 11/05/2023 às 22:30 | Atualizado em: 11/05/2023 às 22:32
As reações e críticas contundentes de parlamentares do Amazonas e da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) contra o relatório do Banco Mundial “Equilíbrio Delicado para a Amazônia Legal Brasileira”, falando mal da Zona Franca de Manaus, chegaram aos ouvidos dos dirigentes da instituição financeira internacional.
Na noite desta quarta-feira (10), diretamente da Coreia do Sul, onde o Banco Mundial está com uma missão, a economista Cláudia Tufani entrou em contato com o deputado federal Sidney Leite (PSD-AM).
De acordo com o parlamentar, a representante do banco pediu desculpas pelo mal-entendido que a imprensa fez. Disse que a instituição financeira vai emitir nota e escrever um editorial, como também vai convidar os parlamentares do Amazonas para uma visita ao novo escritório do Banco Mundial em Brasília.
“Houve exageros, sim, na publicação da mídia nacional [que não gosta da Zona Franca de Manaus), como também há elogios ao modelo constantes no relatório do Banco Mundial. Por outro lado, há críticas e menções sobre as deficiências na governança”, ressaltou Leite.
Dessa forma, foram os veículos Folha de São Paulo, o portal Uol e o site Poder360 que publicaram reportagens sobre o relatório sobre a Amazônia Legal, com destaque para o que chamaram de “pouco eficiente” economicamente o modelo Zona Franca de Manaus.
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Elogios à ZFM
Por outro lado, a verdade é que o Banco Mundial também aponta elogios para a ZFM como um acerto para o ambiente da região. Trecho do relatório, segundo um empresário do polo industrial de Manaus, diz o seguinte:
“Mais de 600 empresas industriais gerando cerca de meio milhão de empregos diretos e indiretos, com foco em eletroeletrônicos. O projeto impulsionou o desenvolvimento econômico do estado do Amazonas sem aumentar significativamente os níveis de extração mineral e agricultura”.
Impactos positivos
O relatório “Equilíbrio Delicado para a Amazônia Legal aponta ainda:
“O apoio público é crítico, pois a zona econômica livre depende de subsídios. À medida que outros países consideram as opções para afastar a atividade econômica de atividades agrícolas de baixo rendimento e valor, as lições do projeto de Manaus fornecem insights: embora muitos desses projetos possam exigir subsídios do governo, isso tem impactos positivos ao considerar as externalidades negativas evitadas”.
Até esta publicação, o Banco Mundial não se pronunciou oficialmente nem emitiu nota desfazendo o que chamou de mal-entendido.
Foto: Divulgação/PSD