Ataque a escolas: SP responde com psicólogo e seguranças sem arma
O aplicativo Segurança Escolar permitirá o envio de denúncias anônimas com prints de redes sociais para o serviço de inteligência da polícia.

Diamantino Junior
Publicado em: 14/04/2023 às 12:00 | Atualizado em: 14/04/2023 às 12:00
Após um trágico ataque que resultou na morte de uma professora e ferimentos em outras quatro pessoas na zona oeste da capital paulista, o governo de São Paulo anunciou a contratação de 550 psicólogos e 1.000 seguranças privados para as escolas estaduais.
O investimento previsto é de R$ 240 milhões para a contratação desses profissionais.
O anúncio foi feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante visita à Escola Estadual Thomazia Montoro, que reabriu nesta semana após o atentado ocorrido em março.
Os seguranças desarmados serão alocados em escolas que serão definidas pela Secretaria de Educação e pelo Conviva, um programa de melhoria da convivência e proteção escolar.
Além disso, um professor de cada escola terá 10 horas exclusivas por semana para pensar em ações para o programa em suas unidades.
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Os psicólogos farão visitas semanais a todas as escolas até julho deste ano, oferecendo um total de 600 mil horas em atendimentos presenciais.
Também será criado um botão de acionamento prioritário do 190 em mais de quatro mil escolas, que chama imediatamente viaturas da GCM (Guarda Civil Municipal), PM e o Samu.
Os estudantes também poderão fazer denúncias anônimas por meio de um aplicativo já disponível, o 190 SP.
No próximo dia 20, o governo também reforçará a segurança nas escolas por conta de boatos relacionados a possíveis ataques.
Escolas vulneráveis terão segurança particular desarmada, conforme já havia sido adiantado pelo UOL na quarta-feira (12).
A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo anunciou outras medidas, incluindo a criação de protocolos para situações de violência e de um comitê de proteção escolar com membros de sete secretarias.
O governador Tarcísio de Freitas enfatizou a importância da presença dos psicólogos nas escolas, enquanto o secretário de educação, Renato Feder, afirmou que a contratação prevê 600 mil horas de serviço.
Já o secretário de segurança, Guilherme Derrite, informou que além do botão do pânico, está sendo desenvolvido o aplicativo Segurança Escolar, que permitirá o envio de denúncias anônimas com prints de redes sociais para o serviço de inteligência da polícia.
Leia mais na matéria de Anna Satie e Saulo Pereira Guimarães publicada no portal UOL
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil