Cresce suspeita de propina a Bolsonaro com joias e presentes árabes
O telegrama, obtido por meio da Lei de Acesso à Informação, reforça a suspeita de que as joias teriam sido um pagamento de propina a Bolsonaro pelos sauditas em troca da venda de ativos da Petrobrás.

Publicado em: 14/04/2023 às 10:58 | Atualizado em: 14/04/2023 às 10:58
Um documento enviado pela embaixada brasileira em Riade revelou que durante uma viagem em que o governo saudita presenteou Jair Bolsonaro com um estojo de joias avaliado em R$16,5 milhões, uma reunião foi realizada para discutir a entrega de ativos da Petrobrás e um possível convite para o Brasil integrar uma versão estendida da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
O telegrama, obtido por meio da Lei de Acesso à Informação, reforça a suspeita de que as joias teriam sido um pagamento de propina a Bolsonaro pelos sauditas em troca da venda de ativos da Petrobrás, incluindo a Refinaria Landulpho Alves (RLAM).
Durante a reunião, o então ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do Ministério das Minas e Energia, Christian Vargas, se encontraram com o príncipe Abdulaziz bin Salman bin Abdulaziz Al Saud.
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Embora Bolsonaro não estivesse presente na viagem, a comitiva brasileira recebeu as joias como “presente” a ser entregue ao então chefe do governo brasileiro.
O documento destaca a discussão sobre a Petrobrás e a Opep+, enfatizando a importância da parceria entre o Brasil e a Arábia Saudita no setor de energia.
Durante a reunião, Albuquerque solicitou oficialmente à parte saudita um convite ao Brasil para integrar a Opep+, comprometendo-se a submeter o assunto à consideração do presidente e demais órgãos de governo implicados.
Foto: Alan Santos/PR