Brasil e Noruega querem aplicação imediata do Fundo Amazônia

Ministros concordam que o BNDES libere logo R$ 480 milhões para projetos na Amazônia já aprovados

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 22/03/2023 às 17:25 | Atualizado em: 23/03/2023 às 11:41

Os ministros do meio ambiente e clima Marina Silva (Brasil) e Espen Barth Eide (Noruega) defenderam nesta quarta-feira (22), em Brasília, a necessidade de agilizar a aplicação dos R$ 3,3 bilhões dos recursos doados ao Fundo Amazônia.

Além disso, o ministro norueguês se comprometeu com a colega brasileira em ajudar na captação de novos recursos para o fundo voltado para projetos de desenvolvimento sustentáveis na região.

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES) deve agilizar a liberação de R$ 480 milhões para projetos de desenvolvimento sustentáveis na Amazônia aprovados pelo programa.

São 14 projetos já selecionados na análise da instituição e mais 56 se encontram na fila para serem contemplados.

Em declaração conjunta, Marina destacou o compromisso do Brasil em prevenir e combater o desmatamento, promover a bioeconomia, fomentar a produção rural e a silvicultura sustentáveis.

Além disso, um dos objetivos é proteger os povos indígenas e as comunidades tradicionais, ao mesmo tempo em que reforça o desenvolvimento socioeconômico do país.

Eide destacou que o compromisso de Marina e do novo governo brasileiro em proteger a floresta amazônica é inquestionável.

Disse que o Brasil mostrou liderança global no passado e está fazendo isso novamente agora. Também enfatizou que a comunidade internacional não deve poupar esforços para mobilizar todas as ferramentas e recursos disponíveis para fazer parceria com o governo brasileiro.

Como principal doador do fundo desde 2008, quando foi criado, o ministro norueguês disse que seu país está profundamente comprometido em “permanecer como um parceiro próximo e de longo prazo do Brasil”.

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Comitê gestor

Ambas as autoridades elogiaram os resultados e recomendações da primeira reunião do Comitê Gestor do Fundo Amazônia (Cofa) no ano, bem como as prioridades e estratégias estabelecidas, incluindo o apoio urgente às populações indígenas e o combate às atividades ilegais.

Os ministros também concordaram que são necessários mais cooperação e investimentos de diversas fontes para apoiar a ambiciosa ação florestal e climática do Brasil, incluindo financiamento público e privado.

Além de suas contribuições ao Fundo Amazônia, a Noruega afirmou a intenção de continuar colaborando com o Brasil e investir em ações destinadas a apoiar o cumprimento das prioridades brasileiras, incluindo seus esforços para deter o desmatamento, combater a degradação florestal, restaurar florestas e outros ecossistemas.

Foto: Divulgação/Ministério do Meio Ambiente