A cultura do Amazonas na era Marcos Apolo
Secretário deslocou os investimentos culturais para a periferia de Manaus e para o interior do Amazonas e fez descobertas de verdadeiros gênios

Neuton Correa
Publicado em: 21/03/2023 às 09:57 | Atualizado em: 21/03/2023 às 09:57
Neuton Corrêa
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Durante quase três décadas, o setor cultural do Amazonas se prendeu quase que inteiramente a uma pauta elitista.
O festival de óperas tornou-se a grande expressão desse pensamento.
Não acho, porém, que isso tenha sido ruim para o setor.
Penso que permitiu avanços e o nascimento de uma indústria cultural sofisticada, com a implantação dos corpos artísticos que hoje temos na região.
Mas, passada essa fase, que considero de abertura ao clássico, o Amazonas precisava pulverizar esse conhecimento artístico. Aquilo que se pode chamar de popularização da arte.
Essa guinada de polo a polo tem nome: Marcos Apolo Muniz.
O grande exemplo disso são as casas de artes que se instalaram na maior parte das cidades do interior do Amazonas.
O liceu de arte e ofícios Cláudio Santoro, antes um privilégio da capital, deslocou-se para as periferias de Manaus e está também agora no interior do Estado.
Frutos disso são as descobertas de verdadeiros gênios que estavam adormecidos e que precisavam de pouco, de muito pouco, para se desvelar.
O que Marcos Apolo faz, neste momento, talvez muitos ainda não tenham se dado conta.
Mas, com ele, nasce uma nova era cultural no Amazonas. Esse novo paradigma chegam com força se estabelecer por longos períodos.
Assim, a experiência que de artista de rua que ele empresta agora, torna-se uma força como uma exigência de política de Estado.
Foto: Divulgação