Morre Menabarreto, que devolveu tÃtulo recebido da ALE-AM
Médico devolveu homenagem que recebeu do Poder Legislativo, depois que a ALE-AM aprovou mesma honraria ao presidente Bolsonaro

Neuton Corrêa, do BNC AMAZONAS
Publicado em: 26/12/2022 Ã s 11:12 | Atualizado em: 26/12/2022 Ã s 14:05
Morreu neste domingo de Natal (25), irônico para um declarado agnóstico, o médico Menabarreto Segadilha França.
Polêmico de carteirinha, ela era professor da Faculdade de Medicina da Universidadade Federal do Amazonas (Ufam) desde 1976.
O professor Menabarreto, como diretor do curso, fundou em 1987 o Internato Rural de Medicina da Ufam. A estrutura começou pelas agrovilas de Mocambo e Caburi, no interior de Parintins.
Ali, Menabarreto tentava aliviar as angústias de grande inquietação como médico e, sobretudo, como professor de medicina.
Essa inquietação era formar médicos que compreendessem “as doenças” que acometem as populacões ribeirinhas, de homens e mulheres do interior da Amazônia.
Mas, além do legado de seu magistério, Menabarreto deixará também o exemplo de sua atuação polÃtica, crÃtica.
O professor sempre estava envolvido em polêmicas, como a crÃtica ao Lei do Meu Filho.
Porém, seu mais notório modo de protestar aconteceu em abril de 2021, quando a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) aprovou o TÃtulo de Cidadão do Amazonas ao presidente Jair Bolsonaro.
Na ocasião, Menabarreto foi à ALE-AM e devolveu honraria semelhante que já havia recebido da Casa.
Sobretudo, era uma crÃtica à conduta de Bolsonaro na pandemia, que havia negado socorro a Manaus durante a crise de falta de oxigênio nos hospitais da cidade, durante a segunda onda da covid-19.
Leia o registro da Ufam sobre a morte de Menabarreto
Foto: Divulgação/Ufam