Após STF derrubar ‘orçamento secreto’, Aras coloca PGR contra o modelo
"Teremos que enfrentar outras fases mais adiante"

Mariane Veiga
Publicado em: 19/12/2022 às 19:43 | Atualizado em: 19/12/2022 às 19:51
Ao final do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou o ‘orçamento secreto’, no fim da manhã de hoje (19), o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, pediu que fosse registrado em ata que iria rever sua posição.
“Teremos que enfrentar outras fases mais adiante e o Ministério Público não quer se comprometer com uma fase em que se manifestou anteriormente no momento de uma cognição incompleta”, disse Aras.
Até então, a PGR havia defendido o atual modelo das emendas de relator, considerando-o constitucional depois das alterações feitas pelo Congresso ao longo do ano.
Leia mais
Na última sessão do ano, STF derruba ‘orçamento secreto’
Na fase das sustentações orais, realizada no último dia 7, a PGR foi representada pela vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, que criticou o uso do STF como “palco político”.
Segundo ela, os parlamentares estavam agindo para tornar as emendas mais transparentes.
A vice-PGR também minimizou levantamentos que demonstraram desvios e abusos envolvendo repasses do orçamento secreto, como o revelado pela revista piauí em julho deste ano.
A reportagem apontou que milhões em emendas foram direcionados a prefeituras que falsificaram números de atendimentos no SUS. A maioria dos municípios são do Maranhão.
Leia mais no UOL.
Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR