Amazonas emplaca mais sete nomes na transição do governo Lula

Foram chamados agora três lideranças indígenas, o prefeito de São Gabriel da Cachoeira, dois parlamentares e um professor-historiador.

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 02/12/2022 às 17:36 | Atualizado em: 02/12/2022 às 17:36

Agora, já são 15 os nomes do Amazonas que fazem parte da equipe de transição do governo Lula (PT).

A coordenação do grupo de transição publicou, nesta quinta-feira (1º), portaria 66 em que traz os novos integrantes da transição.

Conforme a portaria, mais sete representantes do Amazonas vão compor os grupos técnicos que vão preparar as propostas ao governo eleito de Lula e Geraldo Alckmin (PSB).

Entre esses indicados estão o deputado estadual Sinésio Campos (PT), que vai integrar o grupo Minas e Energia.

Além dele, outro político que também faz parte da lista é o prefeito de São Gabriel da Cachoeira, Clóvis “Corubão” Miranda (PT). Ele faz parte do grupo Povos Originários.

Ainda para esse grupo foram chamados os irmãos Beto e Eliésio Marubo, representando a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Aliás, essa é uma área que abrange parte dos municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant e São Paulo de Olivença, todas no Amazonas.

Além deles, o Povos Originários incluiu o líder indígena Jecinaldo Barbosa Sateré, do município de Barreirinha.

Leia mais

Prefeito do Amazonas quer ser ministro de Lula

Desenvolvimento regional

Embora não seja amazonense, mas tem uma longa vivência e atuação política no estado, a ex-senadora Vanessa Graziottin (PCdoB) também foi convidada para a transição.

Assim, a ex-parlamentar – que não conseguiu se eleger para deputada federal nas últimas eleições – vai integrar o grupo técnico de desenvolvimento regional.

Custo Amazônia

Já o professor, historiador e ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) Yann Evanovick, integra o grupo Educação.

Primeiramente, ele foi convidado pelo governo de transição pela sua trajetória no movimento estudantil e por ter sido um dos que elaboraram o Plano Nacional de Educação (PNE) que tem vigência até 2024.

De acordo com Evanovick, um dos seus focos é incluir o debate e as buscas de solução para o custo Amazônia.

“Por conta disso, o debate se torna central porque não podemos pensar em construir uma escola em São Paulo com os mesmo custos e preços de uma escola em Tabatinga, que custam três vezes mais”, exemplificou.

Educação indígena

Por outro lado, o professor também diz que deverá pautar a educação indígena no grupo de transição.

“Penso que o papel desse grupo técnico é escutar os estados da Amazônia, as pessoas que pensam a educação e que têm a dimensão da complexidade e diversidade do ensino no Amazonas e na região amazônica como um todo”.

Em suma, após a entrega do relatório preliminar, no último dia 30 de novembro, agora, os grupos técnicos deverão fechar as propostas e entrega-las à coordenação de transição do novo governo até 11 de dezembro.

Leia mais

Amazonas tem mais quatro nomes na equipe de transição de Lula

Transição de Lula: Alckmin chama José Ricardo e Sidney Leite, do Amazonas

Os representantes do Amazonas na transição

  • Deputado federal Marcelo Ramos – GT Indústria, Comércio e Serviços
  • Deputado federal José Ricardo – GT Desenvolvimento Regional
  • Deputado federal Sidney Leite – GT Indústria, Comércio e Serviços
  • Deputado estadual Sinésio Campos – GT Minas e Energia
  • Prefeito Clóvis Saldanha (São Gabriel da Cachoeira) – GT Povos Originários
  • Bruna Brelaz – GT Juventude
  • João Pedro Gonçalves – GT Povos Originários
  • Marilene Corrêa – GT Meio Ambiente
  • Orsine Júnior – GT Turismo
  • Marivelton Baré – GT Povos Originários
  • Beto Marubo – GT Povos Originários
  • Eliésio Marubo – GT Povos Originários
  • Jecinaldo Barbosa Sateré – GT Povos Originários
  • Yann Evanovick – GT Educação
  • Vanessa Grazziotin – GT Desenvolvimento Regional

Foto-montagem: BNC Amazonas