Nas redes sociais, militares atacam Supremo, Lula e Alckmin
Trata-se de militares da ativa apoiadores do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL).

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 22/11/2022 às 08:21 | Atualizado em: 22/11/2022 às 08:28
Militares da ativa fizeram ou compartilharam publicações de caráter político-partidário em redes sociais contra ministro do Supremo, presidente eleito Lula e o vice-presidente Alckmin.
Assim como fizeram os comandantes das Forças Armadas se manifestaram sobre os protestos contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as urnas eletrônicas e decisões judiciais.
Trata-se de militares da ativa apoiadores do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), como informa o portal Notícias Ao Minuto.
Por exemplo, um dos mais ativos é o coronel Alberto Ono Horita, que comandou o 20.º Batalhão de Logística Paraquedista do Exército.
Ele foi adido militar nos Emirados Árabes e hoje dirige o Colégio Militar de Curitiba.
Em 2019, o general Edson Leal Pujol fez publicar portaria na qual disciplinava o uso das redes sociais.
Desde então, a conta do coronel no Twitter registrava pouquíssimas publicações. Isso mudou em 17 de setembro.
Mensagens
Assim, na conta, agora sob o nome de Patriota_PQD (abreviação de paraquedista), apareceu naquele dia mensagem compartilhada sobre uma bolsonarista infiltrada em uma manifestação do “nine”.
Nine é uma alusão a Lula, que teve um dedo amputado em uma prensa quando era torneiro mecânico.
Então, seguem-se 13 publicações de caráter político-partidário até 30 de outubro, quando a conta do coronel registra o desabafo:
“Vergonha! A mentira prevalece! O crime compensa! Esse é o Brasil!”.
No dia seguinte à derrota de Bolsonaro, o coronel retuitou publicação com foto do presidente:
“Jair Bolsonaro é um líder espetacular, independente do que aconteça, devemos respeitá-lo por resgatar nosso patriotismo e nos dar a chance de lutar. Obrigado, capitão”.
Além disso, nos dias seguintes, há mais 39 publicações partidárias. Em uma delas, o presidente eleito e futuro comandante em chefe das Forças Armadas é chamado de “ladrão”.
Há ainda acusações sem provas de fraude nas urnas e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal.
Contra Alexandre de Moraes, a conta do coronel diz ao compartilhar um vídeo sobre as urnas:
“Que beleza, Xandão! Fez tudo para colocar seu amigo Chuchu!!!!” Xandão é uma referência a Moraes e Chuchu, ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.
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Foto: José Cruz/EBC