Ministro da Economia admite roubo no governo Bolsonaro: ‘Foi menos’

"Eu, se fosse o Bolsonaro, diria: tudo o que o Lula fizer, eu faço mais. Por quê? Porque nós roubamos menos", afirmou o ministro Paulo Gudes

Publicado em: 28/10/2022 às 10:45 | Atualizado em: 28/10/2022 às 10:46

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (27/10) que o governo de Jair Bolsonaro pode isentar de imposto de renda trabalhadores que ganham até R$ 6 mil, porque o governo Bolsonaro ‘rouba menos’.

 “Eu, se fosse o Bolsonaro, diria: tudo o que o Lula fizer, eu faço mais. Por quê? Porque nós roubamos menos”, afirmou o ministro Paulo Gudes. Em seguida, ele tentou se corrigir: “nós não roubamos”.

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“Quem rouba não consegue pagar muito. Então, o que acontece? Se você pagar um salário mínimo de 1.200, eu pago 1.400. Se ele paga 1.400, eu pago 1.500. Se o Bolsa Família for de R$ 6 mil, eu pago R$ 7. Se você dá uma isenção, vira uma disputa política de ver quem chuta mais alto”, disse Guedes.

Apesar da promessa de Guedes, o governo Bolsonaro não reajustou a tabela do Imposto de Renda ao longo dos últimos quatro anos, embora isso tenha sido uma promessa em sua primeira campanha à Presidência.

Reuters também comentou sobre Guedes

Cabo eleitoral atuante do presidente Jair Bolsonaro (PL) antes do primeiro turno das eleições, o ministro da Economia, Paulo Guedes, passou a adotar postura defensiva nos últimos dias após se tornar alvo central de críticas de opositores à campanha bolsonarista na reta final do processo eleitoral.

A disseminação de notícias sobre medidas potencialmente impopulares que surgiram do Ministério da Economia, com o vazamento de estudos feitos internamente na pasta, também acendeu alerta de aliados do presidente.

Nome forte da campanha de Bolsonaro em 2018, quando recebeu a chancela de “posto Ipiranga” e uma suposta carta branca para comandar a política econômica do país, Guedes já recebeu do presidente a sinalização de que poderá continuar no cargo em um eventual segundo mandato.

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Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República