CNJ de Rosa Weber mira juiz Bretas e desembargadoras de TJ

Há um grande interesse da ministra do STF em ver julgados o mais rápido possível processos considerados “sensíveis”

Publicado em: 26/09/2022 às 09:46 | Atualizado em: 26/09/2022 às 09:46

Sob o comando da ministra Rosa Weber (STF), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu destapar um vespeiro para a imagem do Judiciário.

O trabalho deve ser feito ao lado do novo corregedor nacional de Justiça Luís Felipe Salomão.

De acordo com a VEJA, há um interesse de Weber em ver julgados o mais rápido possível processos considerados “sensíveis” e que por meses dormitaram nas gavetas do CNJ.

Na lista estão investigações que miram o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, e desembargadoras baianas investigadas na Operação Faroeste e acusadas de integrar um esquema de venda.

A ideia é que o novo corregedor escolha a data para levar os casos a plenário e Weber, de pronto, paute os processos que podem selar o destino dos magistrados, rompendo críticas internas de que acusações sensíveis são deixadas de lado e não têm julgamento célere.

As desembargadoras Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevêdo, Ligia Maria Ramos Cunha Lima, Ilona Márcia Reis e Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel, por exemplo, respondem desde o mês passado a processos administrativos disciplinares por suspeitas de que tenham vendido decisões judiciais envolvendo grilagem de terras no oeste da Bahia.

As três primeiras estão afastadas dos cargos.

No caso de Bretas, o CNJ espera receber nos próximos dias a delação premiada do advogado José Antonio Fichtner, que fechou um acordo de colaboração com a Justiça relatando que o magistrado e o também advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho mantinham uma espécie de parceria na qual o criminalista teria acesso a informações sigilosas de investigações da Operação Lava-Jato no Rio e assediaria investigados em busca de contratos advocatícios.

Leia mais na matéria de Laryssa Borges na VEJA

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Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF