Teu voto diz quem tu és
Quando alguém vem com a conversa fiada de que político não presta, já sei que vota em ladrão

Mariane Veiga, por Lúcio Carril
Publicado em: 16/08/2022 às 12:07 | Atualizado em: 16/08/2022 às 12:31
A campanha eleitoral começou hoje, 16. Uma enxurrada de candidatos estará nas ruas. Alguns já conhecidos; outros, não.
Conhecido mesmo é o eleitor. Tem de todo tipo, mas um se destaca por sua ignorância ou cinismo.
Quando alguém vem com a conversa fiada de que político não presta, já sei que vota em ladrão. Esse é um tipo muito comum, mas de pouca cidadania e nenhuma consciência política. Adora desvalorizar a política, dizendo que vai votar em político novo como forma de negar tudo que está aí.
É bom lembrar que novo político não é adjetivo de nova política. 90% dos candidatos de primeira viagem defendem tudo que faz da política uma prática fisiológica, corrupta, oportunista; e existe candidato que tem ou já teve mandato e merece o respeito e o voto do eleitor ou eleitora.
É bom que se diga que o novo na política sempre será o interesse público e o bem-comum e o velho é a repetição daquilo que condenamos e nos enoja (pelo menos a mim e aos meus).
Então, antes de vir com o blablablá de gente sem vergonha, pense que seu voto no político ladrão e enganador te faz cúmplice da safadeza dele.
Tem político bom, como tem gente boa em qualquer lugar, e se você não vota nele é porque você não presta e pode se declarar um cidadão ou cidadã sem serventia para o mundo.
Procure saber de onde veio o candidato, qual sua história e suas propostas para atender a coletividade. Voto não se vende nem se negocia. Ele é um exercício de soberania política e cidadania. Seja um bom cidadão e uma boa cidadã.
O autor é sociólogo.
Foto: Arquivo/Agência Brasil