O novo e o velho na política

É muito comum em ano eleitoral aparecer candidato se autoproclamando o novo na política. Geralmente é mais um enganador sem proposta, levantando bandeiras retrógradas, reacionárias, antigas na intenção de ludibriar o povo.

Não. Renovação política não é votar em candidato jovem ou em alguém que é candidato pela primeira vez, tampouco eleger político que diz ser a renovação quando na verdade é a reencarnação do velho.

Não pode um indivíduo se intitular o novo na política quando suas ligações políticas se vinculam a outros indivíduos, grupos ou classe que perpetram as formas antigas de dominação e enganação do povo. Isto não é renovação. É só mais um meio de dar continuidade ao domínio daquele grupo.

Vejamos aqui no Amazonas.

Onde haveria renovação na política em candidato novo ligado a velhos políticos e à velha prática populista da embromação e da corrupção? Não estaria esse candidato procurando uma escola do mal, para aprender todas as bandalheiras condenáveis na boa política? Há intenção de renovar alguma coisa que não seja colocar novos agentes para exercer velhas práticas?

É isso. Não existe renovação quando o objetivo é perpetuar velhas práticas. E como dizia minha mãe, me diga com quem tu andas que te direi quem tu és.

Na política, assim como em toda ação humana, há o caminho do bem e do mal. Você escolhe o rumo que quer seguir. Se a escolha for pela trilha esburacada da mentira, do roubo, da enganação você não pode se autodeclarar o novo ou um arauto da renovação na política. Você é só mais um meio para manter o predomínio de velhas práticas, seja votando ou sendo candidato.

Mas, se você quer votar numa outra política, cuja orientação é a honestidade, a ética e a defesa dos interesses dos trabalhadores e de todo povo existe candidato que representa esses valores. E é esse candidato que representa o novo e a renovação na política, seja ele um jovem ou não.

Tem gente boa na política, assim como tem gente boa em todos os campos e lugares.

O caminho de uma política em favor de quem mais precisa é você, eleitor e eleitora, que tem o poder de decidir. Veja a história, as propostas e com quem esses candidatos se acompanham e faça a escolha certa. Não se deixe enganar por lobo em pele de cordeiro.

*O autor é sociólogo

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