‘Capitã Cloroquina’ critica esquerda e resposta é rápida no Twitter

Mayra Pinheiro foi uma das defensoras do tratamento precoce, com medicamentos ineficazes contra a doença causadora da pandemia

'Capitã Cloroquina' ataca vacinação e exalta kit covid nas redes sociais

Diamantino Junior

Publicado em: 03/08/2022 às 11:11 | Atualizado em: 03/08/2022 às 11:19

A médica Mayra Pinheiro (PL), que ocupou a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação no Ministério da Saúde durante a gestão de Eduardo Pazuello, recebeu uma resposta após comparar a esquerda com religião.

A pediatra, apelidada como “Capitã Cloroquina“, fez a analogia entre fé e política nas redes sociais, nesta segunda-feira (1º), mas não foi perdoada pelos seguidores do Twitter.

“O que à esquerda te oferece, é passageiro (sic). O que Deus te oferece é eterno. Patriotas, boa noite! Gratidão”, escreveu.

Leia mais

‘Capitã Cloroquina’ ataca vacinação e exalta kit covid nas redes sociais

Um perfil respondeu diretamente a ex-integrante do Ministério da Saúde e candidata a uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo Ceará.

“O que Dra Mayra te oferece é um comprimido de cloroquina pra Covid”, escreveu a Família Passos, Talquey, conhecida nacionalmente por criar marchas de Carnaval com sátiras contra o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Pinheiro foi uma das defensoras do tratamento precoce, com medicamentos ineficazes contra a doença causadora da pandemia.

Ação

A 18ª Vara Cível de Brasília indeferiu todos os pedidos de Mayra Isabel Correia Pinheiro, conhecida como Capitã Cloroquina, na ação em que ela pedia indenização do presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Mayra Pinheiro ainda foi condenada a pagar R$ 10 mil (10% do valor da causa) em honorários advocatícios e custas processuais.

Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, alegou à Justiça que o senador marcou sua atuação na liderança da CPI da Covid-19 com “demonstração de misoginia”.

Além disso, ela afirmou que Omar Aziz ofendeu publicamente sua “dignidade, honra e conceito profissional”.

Na quarta-feira (12), a juíza Tatiana Dias da Silva Medina expediu a sentença em que rejeitou os pedidos de Mayra Pinheiro para que Omar Aziz fosse condenado a pagar R$ 100 mil em reparação por danos morais.

A 18ª Vara Cível de Brasília já tinha negado o pedido de liminar da secretária, no mesmo processo, para que o senador fosse proibido de se referir a ela “de forma desrespeitosa”.

Mayra Pinheiro não gostou de críticas que Omar Aziz fez contra ela em entrevistas à imprensa.

O senador disse que ela não tinha condições morais para continuar no cargo e afirmou que a secretária preparou perguntas com senadores aliados para que fossem feitas à ela.

Segundo Mayra Pinheiro, o presidente da CPI disponibilizou à imprensa vídeo e dados privados dela, oriundos da quebra do sigilo telefônico e telemático.

Omar Aziz alegou imunidade parlamentar no processo. Ele disse que exprimiu seu pensamento no exercício da função de senador, no âmbito de discussões sobre CPI da qual é presidente.

O senador ainda afirmou que as críticas foram feitas como um homem público, direcionadas a servidora, preocupado com a população.

O presidente da CPI foi defendido nesse processo pelos advogados do Senado Federal Octávio Augusto da Silva Orzari e Thomaz Henrique Gomma de Azevedo.

Leia mais no Metrópoles

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil