Parque das Araras, da comunidade, da nossa cidade

A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) inaugurou, na semana passada, um projeto importante pelo que simboliza para a cidade e para a comunidade da Praça 14. Trata-se do Parque das Araras, construído entre as avenidas Leonardo Malcher e Tarumã, na zona sul, como parte das intervenções que estão sendo feitas na área do Igarapé do Mestre Chico, obra remanescente do Programa Social e Ambiental de Manaus (Prosamin).

É um local agradável, colorido pela arte em grafite nas paredes e ornamentado pela natureza ao redor. É cercado por muros que retratam a temática regional no contexto ambiental, com animais da fauna amazônica, como as araras e o sauim-de-Manaus, símbolo da cidade e um chamamento para o fato de estar ameaçado de extinção.

Ali estão presentes tudo o que preconizamos com o Prosamin nessa nova fase, nesta administração: o respeito ao meio ambiente, a responsabilidade social traduzida em bem-estar e qualidade de vida aos moradores do entorno e a transparência na execução das ações e projetos.

Já são 32 espaços, entre parques e praças construídos através do Prosamin e entregues à administração da Prefeitura de Manaus, com a qual o Governo do Estado assinou convênio para manutenção e conservação desses locais, repassando o valor total de R$ 10 milhões.

A UGPE também está firmando parceria com a Fundação Amazonas de Alto Rendimento (FAAR) para movimentar esses espaços com atividades de esporte e lazer para a comunidade, assim como com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC), oferecendo programações artísticas.

Os parques possuem função importante para as cidades, como espaços de recreação e uso comunitário e como áreas verdes que ajudam a combater as ilhas de calor e poluição.

Sem sombra de dúvida, o Parque das Araras cumpre essa função e em especial numa localização que necessita do frescor de áreas verdes, promovendo o equilíbrio ambiental em uma área de grande movimento, bem próxima ao centro da cidade.

O Parque das Araras possui 15.000 m² e conta com uma trilha verde sombreada pelas copas das árvores, espaço para prática esportiva, academias ao ar livre, playground e quadras de esporte multiuso, áreas verdes, com reposição da flora, além de praças para o convívio social, com mesas de jogos de dama e xadrez. É uma obra que deveria ter sido realizada em etapas anteriores do Prosamin e que foi resgatada nesta gestão.

A preocupação com o meio ambiente, o respeito à fauna e à flora estão presentes na sua concepção. O espaço tem 59 árvores, entre mudas recém-plantadas e as que já existiam antes da obra e foram mantidas, dentre as quais um apuizeiro com quase 25 anos, refúgio de casais de araras, o que inspirou o nome do parque e que dá encantamento especial ao local. Ali, elas continuam se sentindo em casa.

O parque também foi projetado para compor de maneira harmoniosa com as moradias que o circundam, todas com as fachadas recuperadas e pintadas em multicores, num colorido que ressalta a alegria do lugar.

Vendo agora, é difícil imaginar o que era antes aquele espaço – uma área alagadiça e degradada, agora totalmente recuperada e transformada em cartão postal para a nossa cidade.

É reconfortante ver que a comunidade aprovou a obra e se apropriou de certa forma daquele espaço, como extensão de suas casas e em perfeita interação com a natureza.

Foto: Divulgação

O autor é engenheiro civil, especialista em saneamento básico; exerce, atualmente, o cargo de coordenador executivo da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão que gerencia as obras do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus e Interior (Prosamin).*