Abin usa verba secreta para atuar em área cobiçada por milícias

Abin respondeu que age de acordo com a lei, a qual permite a sua atuação em assuntos que envolvem crime organizado

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 10/06/2022 às 17:56 | Atualizado em: 10/06/2022 às 17:56

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) gastou recursos de seu orçamento para pagar informantes em comunidades do Rio de Janeiro dominadas pelo tráfico de drogas – e onde as milícias que atuam na cidade têm interesse de atuar. As informações são do colunista do Metrópoles Rodrigo Rangel.

A coluna confirmou a informação com fontes a par do assunto dentro da própria Abin, o serviço secreto do governo federal e sob o comando de Alexandre Ramagem, delegado da Polícia Federal.

Segundo essas mesmas fontes, os dados obtidos têm sido entregues a órgãos de segurança pública do Rio. Ou seja: no caso, a Abin está trabalhando para municiar a ação de policiais fluminenses nas comunidades. Não se sabe ao certo quais setores da polícia local têm recebido as informações. 

Embora a troca de informações seja prevista na legislação, pela lógica do Sistema Brasileiro de Inteligência o normal seria a agência receber informações dos órgãos estaduais.

A ação nas comunidades foi registrada internamente na Abin sob o nome “Plano de Operações 06/2021”.

Indagada sobre a operação, a Abin limitou-se a dizer que age de acordo com a legislação, a qual permite a sua atuação em assuntos que envolvem crime organizado.

A agência afirma ser natural o compartilhamento de informações com órgãos estaduais de segurança.  

Leia mais e a nota da Abin no Metrópoles 

Foto: Agência Brasil