Ocupação ilegal no ramal do Brasileirinho ameaça fábricas no Distrito
Denunciantes afirmam que a ocupação tem aumentado gradativamente e já chegou ao limite do terreno de algumas fábricas do Distrito

Ferreira Gabriel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 28/04/2022 às 16:01 | Atualizado em: 28/04/2022 às 16:01
O crescimento de uma ocupação ilegal há mais ou menos oito anos nas proximidades do ramal do Brasileirinho, tem ameaçado fábricas do Distrito Industrial II, zona Leste de Manaus.
De acordo com denúncias feitas ao BNC Amazonas, já foram acionados os órgãos como Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas) Semmas (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade) e a Polícia do Batalhão Ambiental. No entanto, nenhuma medida foi tomada.
A área ocupada de forma ilegal possui mais de 40.000 m² e conta com 150 famílias no local.
Os denunciantes afirmam que a ocupação tem aumentado gradativamente e já chegou ao limite do terreno de algumas fábricas do Distrito.
Além disso, os ocupantes da área tem utilizado materiais para derrubadas de árvores, como retroescavadeira e moto serra elétrica.
Durante a semana, o Batalhão Ambiental atendeu ocorrência indo até o local, no entanto, afirmou em nota a dificuldade em localizar os autores da ocupação.
Confira a nota:
POLÍCIA MILITAR DO AMAZONAS
CPAMB/ BPAMBFiscalização Ambiental em atendimento a ordem do Cmt do CPAMB
LOCAL: KM 03 – Ramal Brasileirinho
VTR: 1991/ 1996
DA DENÚNCIA:
Em cumprimento a demanda advinda de ordem do Cmt do CPAmB a VTR 1991 e 1996 deslocou até o local, alvo da fiscalização, onde havia denúncia de pessoas que estavam invadindo área de preservação permanente.DOS FATOS APURADOS:
Foi constatado que existem vários focos de invasão e desmatamento, há aproximadamente 150 famílias no local. Durante o policiamento foi constatado o crime ambiental de desmatamento, porém sem a possibilidade de identificação dos autores. A maior parte das famílias são da etnia Kokama e segundo o Pr Marcelo Paz a FEI (Fundacao Estadual Indigena) que cedeu o terreno as famílias.
Conforme os denunciantes, a Polícia Federal também já foi acionada, com a realização de depoimentos sobre o caso.
Eles afirmam que trata-se também de um crime ambiental, pois a área ocupada é de preservação.
Confira imagens do local:





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Foto: Divulgação