Vitórias Inspiradoras: Histórias reais de quem superou a covid-19

João Sérgio sentiu os primeiros sintomas da covid, ao deslocar-se para o seu local de trabalho

Mariane Veiga

Publicado em: 04/01/2022 às 00:01 | Atualizado em: 04/01/2022 às 12:32

A covid-19 nos atingiu de forma avassaladora, causou perdas irreparáveis e caos no mundo. São milhares de famílias que perderam entes queridos, pessoas que lutaram pela vida, mas foram vencidos pela doença. Ao longo de mais de dois anos de pandemia, contamos óbitos, infectados, variantes, curados e agora vacinados.

Vitórias Inspiradoras é o espaço destinado aos relatos de pacientes que foram internados e até entubados, e ainda assim venceram a batalha contra a doença. São histórias de superação que inspiram aqueles que ainda hoje sofrem com as sequelas ou lutam contra a covid-19.

Nosso personagem desta edição é João Sérgio, vigilante de 47 anos, morador do bairro São Raimundo.

Sérgio nos relatou que sentiu os primeiros sintomas, ao deslocar-se para o seu local de trabalho.

“Eu vou de bicicleta para o trabalho, quando eu cheguei na praça da Polícia eu não consegui mais andar com uma dor aqui nas costelas. Eu parei e fiquei no banco esperando passar a dor, mas não passou. Liguei para minha esposa e pedi que ela viesse me pegar de uber para me levar no SPA do São Raimundo. Fui medicado e retornei para casa, na madrugada de sábado voltei a sentir fortes dores nas costas, falta de ar e calafrios, pedi para minha mulher me levar para o 28 de agosto. Fui transferido para o Delphina e fiquei em observação por dois dias”.

Após uma semana internado sendo medicado e acompanhado por sua esposa, João Sérgio teve seu quadro clínico agravado.

“Aí quando eu comecei a passar mal, falei para minha esposa chamar os médicos que eu não tô conseguindo respirar, graças a Deus minha esposa ficou do meu lado o tempo todo. Só lembro quando os médicos chamaram minha esposa e disseram que precisavam entubar. Lembro que falavam comigo, mas eu não tinha forças para responder. Segundo ela me relatou eu tive duas paradas cardíacas e fui entubado”.

Entubado e monitorado pela equipe médica do Delphina, Sérgio foi um guerreiro na luta pela vida.

“Quando eu apaguei, fiquei em sono profundo. A gente fica num sonho, mas não é um sonho que você sabe que vai acordar, é um sonho que você nunca acorda. Eu ouvia vozes. Eu lembro de um sonho que via tudo branco, como nuvens de algodão e uma pessoa do meu lado fazia perguntas para mim. Me disse, seu João Sérgio, eu vou fazer uma pergunta para você, se você me responder você vai voltar. Eu não lembro qual foi a pergunta, mas lembro que ouvi: “Parabéns você respondeu à pergunta “ Aí comecei a ouvir as vozes dos médicos perguntando meu nome, pedindo um sinal, para mexer meus olhos e foi aí que eu acordei”.

Extubado, João Sérgio inicia o trabalho de fisioterapia e reabilitação.

“Depois de 11 dias entubado eu não conseguia me mexer, graças a Deus os enfermeiros e enfermeiras lá do Delphina são tudo bacana e cuidaram bem de mim. Eu fui reabilitando rápido, quando eu acordei senti muita sede, tomava água em gotas no algodão e depois na seringa. Em uma semana eu evolui bastante, mas tive que reaprender a andar, eu fui aprender tudo de novo, tipo assim eu renasci de novo. E tudo isso foi quando teve a crise de oxigênio, graças a Deus que lá no Delphina foi muito bom que não faltou nada pra gente lá”.