O recado das urnas do Amazonas aos políticos serve para todo o país

Publicado em: 29/08/2017 às 17:50 | Atualizado em: 29/08/2017 às 17:50
A apuração dos votos no segundo turno da eleição suplementar no Amazonas, no dia 27, ampliou o recado que já saíra das urnas três semanas antes: o eleitor quer renovação na política porque os nomes à disposição já não despertam atenção.
Sinais desse cenário apareceram cristalinamente no resultado: o governador tampão foi eleito com um teto baixo de votos, apenas 33% dos válidos, 43% dos 2,33 milhões de eleitores rejeitaram os dois concorrentes e os que se abstiveram, 595 mil, são mais do que a votação do segundo colocado, que fechou o pleito com 531 mil votos, ou 23%.
Outra mensagem que fica da eleição é que o clamor de renovação na política não foi ouvido. Afinal, quem disputou a cadeira de governador foram dois velhos caciques locais.
Importante recordar também o grito nacional das urnas na última eleição presidencial, quando a abstenção passou dos 20% do eleitorado, que fica mais visível quando esse dado é interpretado: 30 milhões de brasileiros não foram votar.
Dilma Rousseff (PT) venceu aquele pleito com apenas 38% da preferência dos eleitores.
Leia a análise completa na coluna de Clóvis Rossi, na Folha.
Ilustração: Reprodução/luizberto.com