Deputado bolsonarista forja próprio atentado, diz PGR ao STF

Segundo a Polícia Federal, o atentado não ocorreu, portanto, não houve crime

Deputado bolsonarista forja próprio atentado, diz PGR ao STF

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 04/10/2021 às 16:50 | Atualizado em: 04/10/2021 às 16:50

O deputado federal Loester Trutis (PSL-MS) forjou o próprio atentado a bala. A denúncia foi feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF)

Nesse sentido, a PGR acusa o deputado por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. Como informa o G1.

Ano passado, o deputado bolsonarista afirmou que foi vítima de uma “emboscada” na rodovia BR-060, entre Sidrolândia (MS) e Campo Grande (MS).

Ele alega que o carro que um seu assessor dirigia foi atingido por tiros nos vidros traseiros e na lateral.

Como resultado, o próprio parlamentar postou imagens do veículo nas redes sociais. Ao mesmo tempo se dirigiu à Superintendência da Polícia Federal.

Lá, portanto, formalizaram a denúncia de suposta tentativa de homicídio.

Bolsonarista

Loester foi eleito em 2018 sob a bandeira da nova política e com propostas conservadoras.

Desse modo, defendendo as ideias do presidente Jair Bolsonaro sobre o armamento da população.

Ele está em seu primeiro mandato na Câmara e já ocupou a vice liderança do governo na Câmara.

Mas, de vítima, o parlamentar passou a investigado. Segundo a Polícia Federal, o atentado não ocorreu, portanto, não houve crime.

PGR ao STF

O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, afirmou que a narrativa do deputado é “falsa” e denunciou o parlamentar ao STF. Medeiros disse:

“O que de fato ocorreu foi uma verdadeira simulação de tentativa de homicídio, na qual o parlamentar (A) e seu assessor (B), portando irregularmente arma de fogo de uso permitido, efetuaram disparos em via pública (estrada vicinal adjacente à Rodovia BR, 060) contra o veículo”.

Segundo Medeiros, “ambos tiveram protagonismo na empreitada criminosa e concorreram igualmente para a prática dos delitos”.

Dessa maneira, o STF vai analisar a denúncia. Se a acusação for recebida, o deputado passa a ser réu. Não há prazo para isso.

Leia mais no G1.

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Foto: Reprodução